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15/03/2023

Na onda da economia azul

A economia azul é um tema em ascensão no mundo dos negócios. Trata-se de uma nova abordagem econômica que tem como base o uso sustentável e inteligente dos recursos marinhos e costeiros. Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e a necessidade de desenvolvimento econômico, a economia azul é vista como uma alternativa promissora para o futuro.

A economia azul pode ser definida como um conjunto de atividades econômicas que utilizam o oceano, os mares e as zonas costeiras de forma sustentável para criar valor econômico. Essas atividades incluem setores como pesca, aquicultura, turismo, transporte marítimo, energia renovável, biotecnologia marinha e mineração submarina.

Economia Azul: no Brasil e no Mundo

No âmbito mundial, a economia azul é um mercado em constante crescimento. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o setor marítimo movimenta cerca de US$ 1,5 trilhão por ano e emprega mais de 31 milhões de pessoas em todo o mundo. O potencial para o crescimento do setor é enorme, com a expectativa de que a economia azul possa dobrar de tamanho até 2030.

No Brasil, a economia azul também tem um grande potencial. Com a extensa costa e a riqueza de recursos marinhos, o país pode se tornar um líder mundial nesse setor. Atualmente, o país é o quarto maior produtor de pescado do mundo e tem uma indústria de petróleo e gás offshore bem desenvolvida. Além disso, o país possui um grande potencial para o desenvolvimento de energias renováveis como a eólica offshore e a energia das ondas.

Inovação e Tecnologia na economia azul

A inovação e a tecnologia têm um papel fundamental nessa economia. Com a utilização de tecnologias avançadas, como sensores, drones e inteligência artificial, é possível aumentar a eficiência e a produtividade das atividades marítimas, reduzir o impacto ambiental e melhorar a segurança das operações. A biotecnologia marinha, por exemplo, tem um grande potencial para o desenvolvimento de novos produtos e medicamentos a partir de organismos marinhos.

Além disso, a economia azul pode ser uma fonte de inovação para outros setores da economia. Por exemplo, a biomimética, que é a aplicação dos princípios da natureza na criação de soluções para problemas humanos, pode ser inspirada nas espécies marinhas para o desenvolvimento de novos materiais e tecnologias.

Que startups já se destacam no setor?

As startups têm um papel importante na economia azul, trazendo soluções inovadoras e disruptivas para os desafios desse setor. Em todo o mundo, existem diversas startups que se destacam nesse mercado, como a BlueNalu, que desenvolve carne de frutos do mar cultivada em laboratório; a Oceanium, que cria bioplásticos a partir de algas marinhas; e a Smart Floating Farms, que utiliza fazendas flutuantes para a produção de alimentos. No Brasil, startups como a AquaTech, que desenvolve tecnologias para a aquicultura sustentável, e a Navita, que utiliza inteligência artificial para aumentar a eficiência do transporte marítimo, estão inovando e impulsionando a economia azul no país. O potencial para o desenvolvimento de novas startups nesse setor é enorme, e elas têm um papel crucial na construção de uma economia mais sustentável e próspera.