A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal realizou, nesta quarta-feira (13), uma audiência pública sobre o tema “Acessibilidade e Inovações nas Neurociências: da Ciência ao Consumidor”.
A proposta foi do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que presidiu a mesa. Ele convidou Thomas Law, fundador do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI) para falar durante a audiência, ao lado do Dr. Li Li Min, coordenador de inovação da instituição.
O Dr. Li Li Min é professor titular do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e membro do Programa de Cirurgia de Epilepsia e do Laboratório de Neuroimagem da UNICAMP. Também é coordenador de difusão no programa CInAPCe (Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisa sobre Cérebro) e do BRAINN (Brazilian Institute of Neuroscience and Neurotechnology) da FAPESP.
Durante a audiência, foram discutidas maneiras de acelerar a disseminação de inovações neurocientíficas em favor de portadores de doenças neurológicas, transtornos do neurodesenvolvimento e lesões medulares.
O senador Nelsinho explicou que o objetivo da audiência é auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas que garantam acessibilidade e equidade, de modo especial para as populações mais vulneráveis. “Embora a neurociência tenha alcançado grandes avanços nos últimos anos, com diversas tecnologias de ponta, grande parte da população enfrenta barreiras para acessá-las, exacerbando as disparidades globais em saúde”, afirmou.
O Dr. Li discorreu sobre o uso das inovações tecnológicas em terapias, como Inteligência Artificial e aprendizado de máquina. “Para avançarmos nas questões das doenças neurológicas, somente através da inovação e, com isso, aumentar o acesso aos serviços pela população”, sublinhou.
Thomas Law enfatizou a importância das ações do CPDI. “Fizemos vários eventos sobre saúde e publicamos um edital de inovação aberta para pesquisa em saúde, que envolveu técnicas avançadas como telemedicina em doença de Parkinson. Também temos uma parceria com a Zhejiang University na busca de cooperação internacional para tratar do tema”, destacou.
O debate teve a participação também de Ana Cristina Veiga Silva, neurocirurgiã; Marcos Wagner, presidente do Neuroscience 20 no Brasil; e Veviane Spergue, psicóloga.
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