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03/09/2024

 Cidades Estúpidas (Stupid Cities)

Por Michel Farah*

A implantação do conceito de Cidades Inteligentes* é o desafio mais importante que as futuras gerações de gestores urbanos vão enfrentar. 

No caso de São Paulo este desafio se eleva a máxima potência. O tamanho da cidade e a forma como ela foi se desenvolvendo através dos anos constituem um desafio de proporções gigantescas. 

O fato é que Cidades Inteligente são construídas por pessoas.  Estas por sua vez, tem que pensa no coletivo e deixar seus interesses pessoais de lado, técnicas, que entendam de infraestrutura, botânicas, que entendam de plantas, de águas, da construção, da tecnologia. Pessoas que entendam e gostem de pessoas. 

Pensar de forma inteligente coletivamente implica uma visão 360 graus onde aspectos estruturais e técnicos estão intimamente ligados a natureza.

Para mim, a construção das cidades deveria ser totalmente focada no conceito dos 3As (AMIZADE, ALEGRIA e AMOR). O plano diretor deveria ser desenhado por equipes que planejam em margem de tempo de 100 anos minimamente com visão tecnológica aliada a visão holística. 

Uma cidade é feita de corpo e espírito, de infraestrutura e natureza. 

Enquanto os interesses de poucos forem a base dos planos diretores das cidades, continuaremos a viver em cidades estúpidas. 

**As cidades inteligentes, ou Smart Cities, são reconhecidas por utilizarem tecnologias inovadoras para otimizar a eficiência, sustentabilidade e qualidade de vida urbana. Elas integram soluções de conectividade, serviços e interação entre humanos e elementos urbanos através da tecnologia digital.

Sobre o autor

Michel Farah é o fundador da Farah Service, empresa de melhorias urbanas e socioambientais fundada na cidade de São Paulo em 1986.