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19/10/2022

Tendências em inovação aberta

Um dos pilares da Inovação Aberta, ou open innovation, é a difusão do conhecimento a fim de potencializar o impacto e o valor das ações, programas e iniciativas. Pensando nisso, a Softex, Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, lançou recentemente o Estudo “Panorama da Inovação Aberta nas empresas do Brasil”, repleto de dados e análises acerca do ecossistema de inovação, na tentativa de realizar um diagnóstico sobre a Inovação Aberta no país.

Além de muita informação relevante e insights que podem ajudar gestores a pensarem as estratégias de open innovation a partir de dados reais, o estudo apresenta algumas tendências decorrentes da análise desses dados e é sobre elas que gostaríamos de falar.

Para você, que aplica open innovation, ou está, de alguma forma, inserido no meio: é importante ficar atento não só ao que tem acontecido em relação à inovação aberta, mas se antecipar às demandas e inclinações que já apontam no futuro. Confira as tendências aplicadas no Estudo:

1. Corporate Venture Capital
Garantir que as startups tenham um potencial de crescimento e operação é fundamental, logo o CVC se mostra como uma crescente no ecossistema.

Corporate Venture Capital é basicamente um fundo de investimento de uma empresa para investir em startups ou outros negócios, de forma estratégica, que possibilita retornos financeiros diretos. Segundo os dados do Panorama de Inovação Aberta nas empresas do Brasil, as organizações estão, cada vez mais, partindo pra esse tipo de ação após firmar parcerias com startups.

2. M&A
Outra tendência apresentada no Estudo é a estratégia de M&A (Mergers and Acquisitions), operação que consiste na compra, venda ou fusão de empresas que vem ganhando espaço no cenário dos investimentos.

Em 2021, foram registradas 1.981 operações de M&A, movimentando R$ 435,3 bilhões, com destaque para transações entre startups.

3. Corporate Venture Building
Diferente do CVC, que investe em startups já em operação, o CVB é uma prática que visa a criação e desenvolvimento de startups, a partir de uma companhia-mãe. Esse modelo é utilizado para aprimorar os modelos de negócios através de estruturas mais ágeis e livres de burocracia corporativa, que é o caso das startups.

Alguns cases de CVB relevantes no Brasil são o da Cyrela e o da Cashme.

4. Joint Ventures
Esse modelo consiste na colaboração empresarial em que duas ou mais empresas, como um acordo de colaboração, podendo ser em projeto específico, ou mesmo na criação de outra empresa, visando ampliar o market share, reduzir custos e compartilhar dados e tecnologias.

Muita gente confunde as Joint Ventures com estratégias de M&A, porém são operações distintas: enquanto numa fusão a nova empresa criada nasce com os direitos e obrigações das anteriores, num acordo de colaboração, mesmo que uma nova empresa surja, as anteriores continuam existindo como personalidades jurídicas independentes.

Um exemplo é a Share Now, Joint Venture entre a BMW e a Mercedes para compartilhamento de automóveis elétricos.

5. Hubs de Inovação
Espaços de conexão e estímulo à inovação tem se tornado cada vez mais presentes no cotidiano de startups. Cresce, inclusive, o número de hubs específicos, que focam em verticais ou temáticas únicas a fim de afunilar as frentes, como é o nosso caso: o Ibrawork foi criado para ser a casa das startups que desenvolvem soluções inovadoras para cidades inteligentes!

E o ecossistema percebe os inúmeros benefícios dos hubs: as startups que utilizam esses espaços se sentem mais ligadas às novas práticas de inovação, mais conectadas a outras startups, empresas e empreendedores do ecossistema e com uma percepção melhor sobre o mercado.

6. Governança e Compliance
A última tendência apontada no Estudo é a atualização dos contratos e relações comerciais nos negócios inovadores. Os setores Jurídico, de Compras, Logística e Tecnologia, muitas vezes se apresentam como vilões na hora de relacionar com parceiros externos, mas com o passar do tempo, eles têm se adaptado às novas demandas e formas de negócio.

Os sistemas operacionais e de governança, com o tempo, se flexibilizam e as organizações mudam a visão sobre startups deixando de vê-las como corpos estranhos, mas como colaboradores e parceiros.

Para conferir o Estudo na íntegra, faça o download diretamente no site da Softex.
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